sábado, 12 de setembro de 2015

SÓ TEM ARTISTA: O ladrão que escondeu dinheiro na bunda vira poesia com Roberto Celestino!

TAQUARITINGA DO NORTE: Considerado um dos grandes expoentes da cultura da Dália da Serra, o músico e poeta popular Roberto Celestino (FOTO AO LADO), vem escrevendo o seu nome como uma das maiores revelações da literatura de cordel pernambucana, desenvolvendo trabalhos que a cada dia ultrapassam fronteiras e consolidam o nome deste artista como um referencial na cultura popular, onde o mesmo consegue com muita habilidade desenvolver temas sérios e também cômicos, agradando a todos os gostos e evidenciando a habilidade e o talento deste promissor artista. 
Ao ver no Blog do Elisberto Costa a matéria “RABO CHEIO: Bandido carregava dinheiro na bunda durante assalto a banco!” (VEJA AQUI), o poeta não perdeu o mote e criou com muito bom humor sua versão para o fato. Vale a pena conferir!    

O LADRÃO QUE ESCONDEU DINHEIRO NA BUNDA. (Por Roberto Celestino)


Blog do Elisberto Costa
Lá de tudo aparece,
Ele está em todo canto
Onde o fato acontece
Toda hora é novidade
Seja em qualquer cidade
A notícia nos fornece.

Tem notícia que estarrece
Tem notícia engraçada,
Hoje quando acessei
Eu dei logo uma risada.
Co’a manchete: Rabo Chei
Um cabôco ali notei
Com dinheiro na regada.

Foi num assalto a banco
Que se deu no Maranhão,
No dia 10 de setembro
Teve até perseguição.
Os bandidos eram três
Mal se deram dessa vez
E caíram na prisão.

O que chamou a atenção
Foi o que fez um bandido,
Escondeu algum dinheiro
Pra não ser todo perdido
Só que o ladrão nojento
Escondeu no fedorento
Deu-se assim o acontecido.

Co’a cueca arriada
O policial mostrou,
O que fez o assaltante
Com o dinheiro que roubou.
Da polícia ele fugia
Separou boa quantia
E no rego enfiou.

Acho qu’ele associou
Por chamarem de cofrinho,
Quando alguém desprevenido
Deixa aparecer o reguinho
Então não teve demora
E pensou: vai ser agora
Vou guardar meu dinheirinho.

Eu já vi que nesse mundo
Tudo perdeu  seu valor,
Bem que dizem que dinheiro
É uma merda sim, senhor
Disso estou convencido
Quando vi que o tal bandido
No fiofó enfiou.

Peço para acessar
Se você ainda viu,
A matéria que eu falo
Pois no blog hoje saiu.
E quando pegar dinheiro
Olhe logo bem ligeiro
Se nele não tem biziu.

É muita coisa que eu vejo
Cada dia nesse mundo,
Já não basta ser ladrão
Também tem que ser imundo.
Pois na hora da agonia
O ladrão pega e enfia
O seu dinheiro no fundo.

Se você é dos que conta
E os dedos vai lambendo,
Para passar suas notas
É melhor ir esquecendo.
E quando pegar dinheiro
É bom logo dar um cheiro
Pra ver se não tá fedendo.

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