CHÃ GRANDE: Uma sequência de crimes ligados a uma suposta "lista da
morte" tem tirado o sossego dos moradores do município de Chã Grande, no
Agreste de Pernambuco.
Dezenove nomes de pessoas foram colocados em um papel
fixado no muro do cemitério da cidade e três delas foram assassinadas nas
últimas semanas. Um quarto rapaz sofreu uma tentativa de homicídio e está
internado em estado grave.
A marca da cola onde foi pregado o cartaz onde um
justiceiro promete matar alguns moradores da área ainda está no muro do
Cemitério. A lista com o nome das vítimas foi divulgada nas redes sociais junto
com um áudio onde um homem, com a voz distorcida, promete "mandar todos
para o inferno".
Pelo menos três jovens
que tiveram o nome anotado na "lista da morte" foram assassinados. No
dia 26 de janeiro deste ano, o agricultor Richard Martins Pessoa, o Riquinho,
de 26 anos, foi assinado a tiros perto de casa, no Sítio Lajedo Grande, na Zona
Rural de Chã Grande. O apelido dele constava na lista. Outra vítima, Wellington
José dos Santos, 27 anos, foi assassinado perto de casa. Após o crime, os
familiares dele resolveram se mudar. "Eles saíram do local por que estavam
com medo", contou um vizinho, que não quis se identificar.
Para deixar os
moradores da cidade ainda mais assustados com a violência, mais um assassinato
aconteceu na Zona Rural de Chã Grande. José Augusto da Silva, 36 anos, foi
morto com um tiro de espingarda calibre 12 dentro da escola onde trabalhava
como vigilante. Na lista, ele foi identificado como Chupinha. A vítima estava
acompanhada da esposa e do filho pequeno quando o crime aconteceu.
Uma quarta vítima foi
ferida a tiros. Wagner Alves está internado em uma unidade de saúde no Recife.
Outros jovens citados na temida lista podem ser executados a qualquer momento.
Enquanto isso, os moradores de Chã Grande convivem com o medo e esperam uma
resposta da polícia.
INVESTIGAÇÃO: A Polícia Civil tomou conhecimento da "lista da
morte" e conseguiu identificar o homem que gravou o áudio ameaçando os
moradores. O suspeito está sendo investigado, mas não teria relação com as
mortes. "Tomamos conhecimento da lista. Existe um suspeito, mas ele não
tem relação com esses homicídios. Essa pessoa gravou (o áudio) apenas para
amedrontar", contou o delegado Alisson Pontes. (Por TV Jornal)
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