domingo, 3 de novembro de 2013

ARTIGO: UM GRANDE ROÇADO!

Dr. Paulo Lima*

 Antes de escrever estas mal traçadas linhas, parafraseando o grande articulista José Teles, do Jornal do Commercio, consultei a minha lista de artigos para verificar se já tinha colocado o título acima em algum deles e verifiquei que não. Ainda bem, pois acredito que até o momento não estou me repetindo. Pelo menos me esforço para não fazê-lo, pois seria uma coisa chata, principalmente para vocês, minha meia dúzia de fieis e pacientes leitores.
Entretanto, já escrevi alguns, falando sobre a política, os políticos, a traição e outros termos e sentimentos menos nobres. Agora a pouco, interagindo no facebook com um dos meus mais novos amigos – como é bom cultivar este outro roçado, o da amizade – senti vontade de escrever este artigo e colocar o título acima. E o faço em homenagem ao meu amigo, que certamente me lê neste momento.
Em verdade, como sempre digo: eita roçadinho este, o roçado da política, ou, mais propriamente, este roçado de cabras-safados que, não obstante a seca que ainda assola o nosso agreste, não para de crescer!
Na realidade, meus caros, a traição e a safadeza não são privilégios exclusivos da política, posto que fazem parte do nosso cotidiano. Não deveria ser assim, mas é! E não é uma novidade, pois na idade antiga vemos exemplos de traições às centenas, a começar pela traição de Judas a Jesus; de Brutus ao seu tio, César, de Cleópatra a Júlio César e, não tão recentemente, na nossa terrinha, de Silvério dos Reis a Tiradentes e por aí vai...
O pior é que, muito embora a gente saiba que a política é, não raras vezes, um verdadeiro roçado de cabras-safados, ainda teimamos em militar neste campo minado, convivendo com cobras, lagartos, escorpiões e outros espécimes menos nobres. Fazer o quê, como diria o meu amigo, que não vou citar o nome para preserva-lo: “não tem jeito não, é uma doença essa porra e a gente vai morrer dela!”
Espero que não, meu amigo. Eu particularmente não quero morrer desta “porra”, (desculpem o termo) ou melhor, desta doença, muito embora saiba que não existe vacina para este “mal”. No entanto, cabe a nós abrirmos os olhos, sempre, e fazermos com que, neste roçado se plante e cultive boas sementes, pois certamente, se Deus quiser, a colheita será de bons frutos, apesar dos cabras-safados que ainda infestam o roçado.  Cabe a nós cortar o mal pela raiz e, em outras palavras, tirar as lagartas do milho, antes que o mesmo estrague ainda no pé!
É claro que é um trabalho árduo, mas, acredite, muito mais difícil é cultivar a terra no solo árido deste nosso agreste, quando a chuva não vem, e nem por isto os nossos irmãos agrestinos desistem!
Então, vamos acreditar que a política, ou mais propriamente falando, “o roçado”, pode ser uma coisa melhor!  A mudança é sempre bem vinda, quando vem para melhor!
Um abraço a todos.

*PAULO ROBERTO DE LIMA é  graduado em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de  Procurador  Federal. 

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