Dr. Paulo Lima*
Antes de escrever estas mal traçadas linhas, parafraseando o grande articulista José
Teles, do Jornal do Commercio, consultei a minha lista de artigos para
verificar se já tinha colocado o título acima em algum deles e verifiquei que não.
Ainda bem, pois acredito que até o momento não estou me repetindo. Pelo menos
me esforço para não fazê-lo, pois seria uma coisa chata, principalmente para
vocês, minha meia dúzia de fieis e pacientes leitores.
Entretanto, já escrevi alguns,
falando sobre a política, os políticos, a traição e outros termos e sentimentos
menos nobres. Agora a pouco, interagindo no facebook com um dos meus mais novos
amigos – como é bom cultivar este outro
roçado, o da amizade – senti vontade de escrever este artigo e colocar o
título acima. E o faço em homenagem ao meu amigo, que certamente me lê neste
momento.
Em verdade, como sempre digo:
eita
roçadinho este, o roçado da política, ou, mais propriamente, este
roçado de cabras-safados que, não obstante a seca que ainda assola o
nosso agreste, não para de crescer!
Na realidade, meus caros, a
traição e a safadeza não são privilégios exclusivos da política, posto que
fazem parte do nosso cotidiano. Não deveria ser assim, mas é! E não é uma
novidade, pois na idade antiga vemos exemplos de traições às centenas, a
começar pela traição de Judas a Jesus; de Brutus ao seu tio, César, de
Cleópatra a Júlio César e, não tão recentemente, na nossa terrinha, de Silvério
dos Reis a Tiradentes e por aí vai...
O pior é que, muito embora a
gente saiba que a política é, não raras vezes, um verdadeiro roçado de
cabras-safados, ainda teimamos em militar neste campo minado,
convivendo com cobras, lagartos, escorpiões e outros espécimes menos nobres.
Fazer o quê, como diria o meu amigo, que não vou citar o nome para preserva-lo: “não
tem jeito não, é uma doença essa porra e a gente vai morrer dela!”
Espero que não,
meu amigo. Eu particularmente não quero morrer desta “porra”, (desculpem o termo) ou melhor, desta
doença, muito embora saiba que não existe vacina para este “mal”. No entanto,
cabe a nós abrirmos os olhos, sempre, e fazermos com que, neste roçado se
plante e cultive boas sementes, pois certamente, se Deus quiser, a colheita
será de bons frutos, apesar dos cabras-safados que ainda infestam o roçado. Cabe a nós cortar o mal pela raiz e, em
outras palavras, tirar as lagartas do milho, antes que o mesmo estrague ainda
no pé!
É claro que é um
trabalho árduo, mas, acredite, muito mais difícil é cultivar a terra no solo
árido deste nosso agreste, quando a chuva não vem, e nem por isto os nossos
irmãos agrestinos desistem!
Então, vamos acreditar que a política, ou mais
propriamente falando, “o roçado”, pode ser uma coisa melhor! A mudança é sempre bem vinda, quando vem para
melhor!
Um abraço a todos.
*PAULO ROBERTO DE LIMA é graduado
em Filosofia pela Universidade Católica, bacharel em Direito pela Faculdade de
Direito do Recife e atualmente exerce o cargo de Procurador
Federal.
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