ANANINDEUA (PA): O
cemitério público do Girassol, no conjunto Júlia Seffer, em Ananindeua, foi
local de um fato inusitado na tarde deste domingo (20). Familiares e amigos de
Cristiano da Silva Flausino, jovem de 19 anos morto na madrugada de sexta para
sábado, em Águas Lindas, enterraram o corpo do ente querido por conta própria
no cemitério público.
De acordo com
Kleberson Flausino, tio do falecido, o corpo do jovem foi liberado do Instituto
Médico Legal (IML) por volta das 23h30 do sábado. Por volta das 7h de ontem,
Kleberson se dirigiu ao Complexo Funerário de Ananindeua, próximo à sede da
Prefeitura de Ananindeua, para solicitar o enterro do sobrinho. “Quando cheguei
lá eles me disseram que não havia possibilidade do sepultamento de mais de três
pessoas no domingo e que já haviam atingido esse número e que só poderiam
enterrar meu sobrinho na segunda-feira (21) a partir das 14 horas".
Kleberson também alega
que enquanto estava no Complexo Funerário, conversou por telefone com uma
mulher que teria se identificado como Silvia e era coordenadora do Complexo
Funerário. “Ela me falou que nem se fosse a mãe dela que fosse enterrada, ela
poderia fazer alguma coisa”, afirma.
Insatisfeito com a
situação, Kleberson por volta do meio dia
foi até o Cemitério Público do Girassol, no conjunto Júlia Seffer, para
tentar junto à administração uma possibilidade do enterro do seu sobrinho, mas
foi informado que a administração não poderia fazer nada sem o aval da
Prefeitura, por meio do Complexo Funerário.
No cemitério, ele viu
que havia cinco covas recém-fechadas e não três, como o haviam informado no
Complexo Funerário. A família decidiu enterrar o corpo de Cristiano da Silva
por conta própria no cemitério, mesmo sem autorização da Prefeitura. Kleberson
alega que a urgência do enterro tem uma justificativa. “O corpo do meu sobrinho
já estava desde a noite de sábado em casa, ele estava todo inchado e fedendo.
Uma vizinha reclamou
do mau cheiro. Além disso tudo, hoje de manhã, por volta das 6h, minha família
teve que chamar a Polícia porque as pessoas que mataram meu sobrinho queriam
invadir a nossa casa para retirar o corpo dele”, declara. A situação deixou
parentes revoltados. Para Clísia Flausino, mãe de Cristiano, “tudo é uma enorme
burocracia. Como eu vou deixar meu filho apodrecer dentro de casa?”, questiona.
Os familiares saíram com o corpo por
volta das 15h30 do bairro de Águas Lindas em direção ao cemitério público do
Girassol. O transporte foi feito por uma funerária particular. A família também
solicitou que a Polícia Militar fizesse a guarnição do trajeto, com medo que os
desafetos do falecido pudessem querer roubar o corpo no meio do caminho.
MÃE DE JOVEM DESMAIA
NA HORA DO ENTERRO: Crísia Flausino, mãe de Cristiano, não suportou a emoção e
desmaiou no momento do enterro, sendo levada por familiares para o hospital na
van da funerária contratada pela família. Ao final do enterro Kleberson
Flausino declarou que ainda irá atrás do desfecho da situação. “Irei novamente
ao Complexo Funerário para verificar a situação dos papéis do enterro".
Por volta das 18h,
após a saída dos familiares e amigos de Cristiano, duas viaturas da Guarda
Municipal de Ananindeua chegaram no Girassol, onde acompanharam a coordenadora
do cemitério até a Central de Flagrantes da Cidade Nova, para registrar boletim
de ocorrência por invasão de patrimônio público. (Por Rafael Alencar/Diário do
Pará)
levasse ppra casa dela e deixasse la ate quando ela resolvesse enterrar
ResponderExcluirSe fosse família deles queria ver ... eu chamava a imprensa pintava o 7 desenhava 8, e rascunhava o 9 .
ExcluirLevasse pra porta do prefeito até encontrar vaga no cemitério local,descaso pq se tratava dos menos favorecidos que é deles o voto q elege esses políticos nojentos que o povo vota confiando e ganha isso..Ñ importa quem era importa q ñ pode é ficar apodrecendo em cima da terra e o respeito pelo resto da população tá onde prefeito de merda.
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