quarta-feira, 23 de julho de 2014

VENDA DE PARTIDOS III: Paulo Câmara refuta acusações publicadas na Folha de São Paulo.

O candidato ao governo de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse em nota que está tomando "todas as medidas judiciais cabíveis" contra o deputado federal José Augusto Maia (Pros-PE), que afirmou à Folha ter recebido oferta de "vantagem financeira" para que seu partido integrasse a coligação do pessebista, escolhido pelo presidenciável Eduardo Campos para sucedê-lo no comando do Estado.
"Anuncio que estou tomando todas as medidas judiciais cabíveis contra José Augusto Maia e todos os envolvidos nesta nefasta e inadmissível atitude. Mais do que uma retaliação, do mais baixo nível, como se poderia esperar, pelo seu autor, fui vítima de um golpe que me obriga a reagir, imediatamente, e com força proporcional - não necessariamente à repercussão, mas à intenção", diz o texto.
Em nota divulgada nesta quarta-feira (23), Câmara classificou a denúncia de Maia como "uma tentativa caluniosa de me descredibilizar". O candidato ao governo ressaltou ainda que o deputado do Pros "responde a duas ações criminais por fraude em licitação e formação de quadrilha e foi condenado pela justiça pernambucana por improbidade administrativa, tendo seus direitos políticos suspensos por três anos".
O deputado disse em entrevista à Folha que recebeu e recusou oferta de "vantagem financeira" para que seu partido integrasse formalmente a coligação de Câmara. A outros deputados - dois deles foram ouvidos sob condição de anonimato pela Folha e contaram a mesma história - Maia afirmou que a oferta foi de R$ 6 milhões, sendo que R$ 2,5 milhões seriam reservados a ele.
De acordo com o relato de Maia, a proposta de vantagem financeira foi feita a ele pelo presidente nacional do Pros, Eurípedes Jr., e pelo líder da bancada do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PE). Ambos negam a oferta de dinheiro. (Fonte: Folha de São Paulo). Confira a nota abaixo:
NOTA À IMPRENSA


"A matéria publicada hoje (23/07), pelo jornal Folha de São Paulo, ao citar o meu nome, sugere, irresponsavelmente, a associação da minha imagem a uma suposta ação criminosa. Em função da matéria publicada por esse jornal, baseada em denúncia formulada por um parlamentar pernambucano, sinto-me obrigado a me posicionar em defesa da minha honra e credibilidade, o maior patrimônio que construí ao longo da minha vida. É importante destacar, que o deputado José Augusto Maia, que serviu como fonte da reportagem, responde a duas ações criminais por fraude em licitação e formação de quadrilha, e foi condenado, pela justiça pernambucana, em abril deste ano, por improbidade administrativa, tendo os seus direitos políticos suspensos pelo prazo de três anos, além da condenação e dos processos em andamento no Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco.
Importante também ressaltar a relação histórica de amizade e apoio de José Augusto Maia ao nosso adversário direto, o ex-empresário Armando Monteiro Neto, que desde as primeiras horas do dia da publicação da matéria tenta tirar proveito eleitoral do assunto. O que me parece mais grave é a tentativa caluniosa de me descredibilizar. Sou servidor público há 22 anos, com uma trajetória séria e reconhecida. Nunca, em nenhum momento, fui vítima de qualquer ação que questionasse os princípios que levo, de casa, à vida pública: honestidade, correção, respeito, senso de justiça. Daí a minha mais profunda indignação diante deste episódio. Será que, pela condição de candidato ao governo, devo ser exposto publicamente por conta da má fé de elementos como o referido senhor? Atitudes assim envergonham a atividade política e, pior, buscam arrastar para os espaços nebulosos, onde atua um “ficha-suja”, pessoas que estão na vida pública apenas com o intuito de exercer sua vocação e atender a uma convocação. Figuras como José Augusto Maia devem ser banidas da política, como já foi determinado pela justiça.
Portanto, em meu nome, da minha família e de todos aqueles a quem represento, nesta caminhada, como cidadão e homem público, anuncio que estou tomando todas as medidas judiciais cabíveis contra José Augusto Maia e todos os envolvidos nesta nefasta e inadmissível atitude. Mais do que uma retaliação, do mais baixo nível, como se poderia esperar, pelo seu autor, fui vítima de um golpe que me obriga a reagir, imediatamente, e com força proporcional – não necessariamente à repercussão, mas à intenção.
Tenho uma missão a cumprir e assim será. Estou convencido de que o ocorrido servirá apenas para nos fortalecer nesta luta, contra adversários desleais. Manteremos o rumo e, apesar da indignação, não perderemos a serenidade. Pernambuco conta comigo. E estou cada vez mais firme na decisão, coletiva, de vencer com trabalho e respeito." (Paulo Câmara)

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