* Por Marcos Augusto
Nos períodos em que a crise se
torna mais aguda é que os grandes líderes mostram sua capacidade e mudam o rumo
das nações. O que os caracteriza, além da visão mais abrangente em relação a
seus colegas sobre a realidade que os cerca, é uma vontade férrea capaz de
vencer as adversidades, geralmente idéias arcaicas arraigadas na sociedade.
Graças a esses homens, a humanidade dá saltos de qualidade.
Três
exemplos servem para melhor esclarecermos este ponto de vista. Churchill
assumiu o cargo de primeiro-ministro da Inglaterra em maio de 1940, num momento
em que as forças nazistas conquistavam vitórias avassaladoras na Europa. Graças
à sua firmeza, os ingleses não se dobraram e não fizeram acordo de paz com a
Alemanha, o que poderia ter dado outro rumo à Segunda Guerra Mundial.
Em novembro
de 1932, Franklin D. Roosevelt foi eleito presidente quando os EUA enfrentavam
uma de suas piores crises econômicas, conseqüência da quebra da bolsa de Nova
York, em 1929. Roosevelt contrariou um dos princípios básicos do capitalismo
até então em voga e o Estado interveio com vigor na economia para barrar a fome
e o desemprego. Fruto de sua atitude corajosa, foi reeleito mais três vezes.
Em nosso
país, até a primeira metade do século 20, era voz corrente que nossa vocação
era agrícola e seria loucura a industrialização. Em 1930, Getúlio Vargas chegou
ao poder, derrubando a oligarquia de cafeicultores que, por mais de três
décadas, governou o País. Com sua política nacionalista, em seus dois governos,
criou as bases econômicas que permitiram que nossa terra tivesse o maior e mais
diversificado parque industrial entre as nações emergentes.
Na atualidade, novamente, o Brasil está em um daqueles momentos cruciais de sua
história. Enfrenta uma crise econômica de graves proporções, fruto de uma
política que, nos últimos anos, privilegiou a especulação. Os balanços mostram
lucros astronômicos dos bancos, enquanto a indústria definha porque seus lucros
são corroídos pelos altos juros e por uma carga tributária escorchante. Para
agravar o quadro, quem já auferia ganhos estratosféricos enche mais seus cofres
apenas especulando com a alta do dólar. O povo, mais uma vez, paga a conta.
No próximo ano teremos mais uma eleição para presidente. Será um momento
marcante, porque poderemos definir novos rumos para o País. Poderemos optar
pela política da especulação - que não produz riqueza nem gera empregos - ou
por aquela que voltará a priorizar a produção.
Será que não
temos condições de traçar uma política que beneficie a grande massa de
brasileiros que quer trabalhar? Será que os nomes que aparecem como : Marina
Silva, Aécio Neves e Eduardo Campos, serão capazes de mostrar um novo modelo ou
uma nova forma de fazer política ? Ou
será que ficaremos presos a economistas que só pensam nos lucros dos bancos,
sistema este apoiado pelo atual governo? Nos últimos anos, quanto os bancos
retiraram da sociedade e o que eles nos deram em troca? A violência que aí está
é resultado de uma série de equívocos que tem como base central a concentração
de renda.
Portanto, no
dia da eleição, é bom pensar bem no futuro que queremos para nossos filhos. No
passado, líderes mudaram o rumo de seus países porque contaram com o apoio de
seu povo. Não é hora de darmos um voto de confiança a quem pretende acabar com
o domínio dos agiotas encastelados nos bancos e na política? É preciso ter
coragem para mudar.
* Marcos Augusto é professor de Geografia, Especializado em
Gestão Escolar, Gestão de Marketing em pequenas e médias empresas. Natural de
Taquaritinga do Norte atua como Coordenador na Escola José Bezerra de Andrade e
como Diretor da escola Municipal Francisca Moura Pereira da Silva, e é
proprietário do Blog Dália Net.
OBS: Os
artigos publicados no Blog do Elisberto Costa não refletem necessariamente a
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