*Por Marcos
Pontes
Ao fim do primeiro mandato de Zeca Coelho à frente da Prefeitura de
Taquaritinga, o grupo preparava-se para a reeleição da dupla ZECA-LULU. Depois
da surpresa que proporcionaram em 2000, era chegada a hora de ratificar mais
uma vitória e o grupo estava de novo unido para não permitir a volta de JÂNIO
ao poder.
Zeca, de forma a garantir a sua
administração, aliou-se ao então governador de Pernambuco na época, JARBAS VASCONCELOS
assim que tomou posse na prefeitura, embora não tenha votado nele em 98, mas
que, com isso, neutralizou o governo do estado nestas eleições. A campanha,
como de costume, seguia acirrada, chegando ao ápice com o episódio da “guerra
das pedras”, em que os dois grupos se encontraram em um domingo a tarde, na rua
José Rabelo de Castro, rua que fica por trás do Banco do Brasil, foi uma guerra
literalmente, onde CALABAR e BOCA PRETA se agrediram atirando pedras uns nos
outros, com muitos feridos e muito sangue, a partir desse fato a justiça eleitoral decidiu estabelecer a alternância de dias das
campanhas dos partidos.
Em meados da campanha, mas precisamente no final de agosto, foi
realizado pelo grupo da situação uma pesquisa que mostrou um resultado dando
vantagem nas eleições ao candidato da oposição. A partir daí ouve um maior
empenho do grupo CALABAR que permitiu uma reviravolta espetacular do prefeito.
Mas o fato é que nem tudo são flores, houve um fato que como depois julgou a
justiça: o uso indevido da máquina administrativa por parte do candidato à
reeleição, a qual teve pedida depois de uma denúncia da oposição a cassação do
seu registro de candidatura pelo Ministério Público, que foi confirmada, e no
mês de agosto de seu 2º mandato, Zeca era cassado em primeira instância, após
serem julgadas procedentes as acusações de uso da máquina no que ficou
conhecido como o “CASO DA GAMBIARRA”, por ter sido feita a retirada desta após
um comício na Rua Agamenon Magalhães pelos funcionários da prefeitura, o estopim
para que a oposição fizesse a denúncia.
Não vamos entrar no mérito da
justiça. Muitos alegam que foi armação, não me cabe aqui contestar ou elogiar a
decisão jurídica, apenas descrever o fato. Quanto à votação, Zeca foi reeleito
por uma frente de 230 votos, 121 votos a menos do que na de 2000, com Pão de
Açúcar mais uma vez garantindo essa vitória ao colocar uma frente de quase 850
votos só naquele distrito confirmando a fama de "Capital do Calabar",
com o grupo fazendo ainda a maioria na câmara, elegendo cinco vereadores (Uau,
Geovane, Luis do Sindicato que posteriormente viria a falecer e entraria o 1º
suplente Gilson Carlos, Léo e Rogéria) enquanto a oposição elegeu quatro (Demir,
Demar, Jarbas e Cacalo, que foi o último vereador eleito pelo distrito de
gravatá do Ibiapina). E Zeca Coelho tornou-se o primeiro prefeito reeleito da
história política de nossa cidade. Vale destacar a grande campanha dos
oposicionistas que foi de fato uma campanha bem alinhada onde em determinado
momento eles realizaram grandes passeatas e comícios que preocupou todo o grupo
CALABAR que sentiu a iminência de uma derrota. Por fim vamos lembrar novamente
da “casa de Béia”, que funcionou como comitê dos Calabar mais uma vez, e mais
uma vez confirmou que seu dono não perde eleição. Um abraço e até a próxima
terça feira com as eleições de 2008 e a luta do povo para restabelecer a
democracia, um abraço.
*Marcos Pontes é Universitário e Funcionário Público.
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