*Por Marcos
Pontes
Depois de muitas tentativas e muitas frustrações o grupo CALABAR
chegava a maturidade, nos quatro cantos do município pairava no ar o desejo de
mudança, todos sentiam que era chegada a hora e a chapa composta pela dupla
ZECA-LULU conseguiu o que para muitos parecia impossível: derrotar o “TAMPA”,
como era conhecido JÂNIO, candidato à reeleição e tido, até então, como
imbatível. De fato, foi uma das maiores surpresas das eleições daquele ano em
toda a região, pois se havia uma reeleição dada como garantida era a do
prefeito de Taquaritinga.
Mas, vamos aos fatos: depois de mais um mandato, em que a marca da sua
administração foi o pouco caso com aqueles que iam de encontro aos seus
pensamentos, o atual prefeito partiu para a tentativa de reeleição, sendo que a
campanha começou de forma surpreendente dentro do grupo que ganhou as eleições.
Considerado o candidato natural do grupo por mais de três anos, Zezé Arnóbio
foi surpreendido por uma articulação bem feita por aqueles que defendiam o nome
de Zeca e perdeu a convenção por 68 a 60 votos, convenção esta que foi
realizada no Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Mesmo assim, honrando sua
palavra, lançou seu filho Leonardo como candidato a vereador, empenhando-se na
campanha majoritária e fazendo de seu filho o vereador mais votado pelo grupo
CALABAR. Foi uma disputa acirrada, em que a organização foi a marca registrada
do grupo vitorioso.
Fatos como as desistências dos candidatos a vereador Samuel e Edmirson Danda, que buscava a
reeleição, e que passaram para o lado vermelho, possibilitaram o maior comício
da época, denominado de “VIRA-VIROU”, quando a possibilidade de vitória do
CALABAR tornou-se concreta. Ao final, por 351 votos de vantagem, ZECA era o
novo prefeito de Taquaritinga, pondo fim ao reinado do grupo BOCA-PRETA depois
de mais de 40 anos era o fim de um velho encanto que vinha desde os tempos de
seu Pereira e que ainda sofreu outro baque na eleição para a presidência da
Câmara de Vereadores Gusto, o último dos vereadores eleitos, em troca de
assumir a presidência da Câmara no 1º biênio, aliou-se ao prefeito eleito,
dando-lhe a maioria por 5 x 4 e que teria o Professor Jurandir como presidente
no 2º biênio, numa eleição polêmica ao tirar de Leo o direito de ser o
presidente, por razões que não nos cabe aqui comentar.
Os demais vereadores eleitos foram Gilson e Rogéria pela coligação do
prefeito eleito e Jarbas, Borges, Demar e Bila Lages, pela nova oposição.Vale
registrar também que foi a partir dessa eleição que Pão de Açúcar passou a se
chamar CAPITAL CALABAR, pois só neste
distrito a frente pró-Zeca foi mais de 600 votos, tirando toda a frente
colocada por Jânio e garantindo a vitória do vermelho, o que se repetiria nas
eleições de 2004 e 2008. A “casa de
Béia”, havia sido adquirida pelo empresário Albérico Farias (Béia) pouco antes
das eleições,e ali nasceu um tabu: desde que foi construída, seu proprietário
não perde eleição para prefeito em Taquaritinga.
Outro fato que merece ser lembrado é a aposta do Vectra contra o
Toyota, tida por muitos como combustível final para a militância Calabar cair
em campo, em consideração ao amigo Béia. Começava, assim, o reinado do grupo
CALABAR à frente dos destinos de Taquaritinga, que hoje já soma quatro vitórias
e que só foi interrompido pela cassação, em 2007, do prefeito reeleito Zeca em
2004, mostrando a força do grupo CALABAR. Na próxima terça-feira voltaremos
para contar essa história. Um abraço.
*Marcos Pontes é Universitário e Funcionário Público.
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