segunda-feira, 9 de novembro de 2015

COLUNA REFLEXÃO: A POLÍTICA E A FOGUEIRA DA DISCÓRDIA

*Por Marcos Pontes

Conta a história, que na idade média o imperador romano Teodósio enlouquecido pela própria vaidade rompeu com Augusto seu braço direito e assim o Império Romano foi dividido em 2, e passou a ter duas capitais, Roma e Constantinopla, essa divisão foi um fator determinante para a queda do império romano. No Brasil a desunião do então presidente da república Janio Quadros que renunciou e o seu vice, João Goulart, o Jango, enfraqueceu o governo e determinou a intervenção militar e o golpe de 1964, quando os milicos tomaram o poder, falando estrategicamente, o cangaceiro Lampião separou-se do seu grande aliado Corisco, e seguiu para Angicos, com a divisão seu bando ficou enfraquecido, e as volantes de Pernambuco, da Bahia e de Sergipe se uniram e dizimaram o bando de Lampião acabando pra sempre com o cangaço no sertão nordestino.
Como vemos brigas, rompimentos e divisões trazem como conseqüência as derrotas, isso também vale na política que é a arte de somar. Mas viver em união não é fácil, quando falamos no ser humano, no poder, no dinheiro, as coisas tomam outro rumo, vaidade, orgulho, ganância, são alguns dos pecados capitais que acendem a fogueira da discórdia, esses rompimentos acontecem porque lideres depois que assumem as rédeas do poder passam de herói a vilão, ensandecidos pelo desejo de se perpetuar no poder.
Aqui em Taquaritinga do Norte o grupo Calabar se fragmentou em diversas partes, não se sabe bem ainda em quantas partes, o que se sabe é que com essas divisões o grupo fica extremamente enfraquecido e um velho conhecido da política local começa a se fortalecer e vislumbrar uma vitória no próximo pleito no ano que vem, a desunião trás a divisão, um grupo unido é forte dividido fica fraco, como vimos nas eleições em Vertentes em 1992 e em Toritama em 2008 quando a oposição se dividiu e perderam as eleições para azarões que corriam por fora.
O general chinês Sun Tzu diz no livro a arte da guerra ”NÃO É PRECISO TER OLHOS ABERTOS PARA VER O SOL, NEM OUVIDOS AFIADOS PARA OUVIR O TROVÃO, PARA SER VITORIOSO, VOCE PRECISA VER O QUE NÃO ESTÁ VISIVEL” Por isso o grupo Calabar deve ter a humildade, para rever conceitos e valores, e buscar a união, esquecer e deixando de fora quem está ensandecido, cego e tomado pela sede de poder, porque o que é ruim, por si se destrói.

*Marcos Pontes é universitário e funcionário público municipal.

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