*Por Marcos
Pontes
Depois de quatro anos desastrosos, em que Taquaritinga saiu até no
jornal Diário de Pernambuco e ficou conhecida como “A Prefeitura dos Cheques
Sem Fundos”, por conta do que aconteceu com a Banda Mastruz com Leite, que aqui
se apresentou no Circuito Asa Branca de Voo Livre, a eleição de 1996 serviu
para afirmação definitiva do grupo que hoje comanda a prefeitura e que venceu
as últimas quatro eleições: O CALABAR.
Foi uma eleição marcada por várias situações pitorescas, a começar
pela vinda do “Galo da Madrugada” em um comício do grupo Calabar, já que
naquele tempo os comícios eram animados por shows de bandas de todo o tipo. Maurição,
grande militante do grupo e que veio a falecer logo após a eleição de 2000,
prometeu trazer o “Galo” para Taquaritinga e no dia 21 de setembro em um
sábado, uma grande orquestra que acompanhava o percurso deste bloco em Recife,
no ritmo do frevo puxava o bloco do “CALABARFOLIA”, acompanhado por dois trios
elétricos com direito até a compra de ABADÁ, e com o maior comício da história
de Taquaritinga até aquele momento.
A campanha estava muito acirrada, mas numa crescente para o Calabar,
com destaque para o vereador Manoel Serra Branca, que havia deixado o grupo
BOCA PRETA e passado para a oposição que tinha Dr. Aldenir outra vez como
candidato, só que desta vez ao lado de Zeca Coelho como vice. Por conta de uma
exposição de fotos realizada no coreto no dia 07 de setembro daquele ano, este
vereador entrou com uma denúncia de uso da máquina por parte do candidato do
prefeito e, por sentença judicial do juízo eleitoral, Jânio Arruda teve sua
candidatura cassada em primeira instância, sendo obrigado a recorrer em Recife
e de lá voltando com a candidatura mantida e nos braços do seu “povão”, como
eram conhecidos os seus eleitores, que continuariam invictos ao vencerem essa
eleição por 383 votos de diferença. Essa foi a última vitória do grupo “BOCA
PRETA” que também fez a maioria na câmara com 5 vereadores eleitos (Edmirson
Danda da sede, Demar de Vila Do Socorro, Borges de Pão De Açúcar, Dé Cumarú de
Gravatá e Bila Lage de Mateus Vieira). Já o grupo “CALABAR” elegeu 4
vereadores, (Luiz do Sindicato e Rogéria de Zeca da sede, UAU de Pão De Açúcar
e Manoel Serra Branca de Mateus
Vieira) Há quem diga e garanta que o
fato da cassação do candidato apoiado pelo prefeito foi fundamental para a
vitória do “azul”, pois era nítido o crescimento da campanha do “vermelho”,
neste momento tido como favorito para vencer o pleito. Era, de fato, uma
campanha bem mais organizada e que só crescia.
A sua volta da cassação devolveu um ânimo que não existia desde o
começo da campanha no lado azul e fez ressurgir das cinzas o seu candidato.
Essa eleição, que também marcou a despedida das cédulas eleitorais, foi
marcada, assim, pelo retorno de Jânio ao poder, desta vez tendo seu irmão Amaro
Jalmirez como vice, com uma frente quase 1300 votos menor que a de quatro anos
atrás quando fez o seu sucessor, mostrando que a fase áurea do seu grupo estava
chegando ao fim, e que o povo aparentava que queria mudança, o que se confirmou
quatro anos depois.
Chamou atenção o fato de que
todos os quatro ocupantes das duas chapas majoritárias eram da sede, não
havendo ninguém de Pão de Açúcar sequer na vice, bem diferente de 2012, quando
três dos quatro ocupantes das duas principais chapas eram deste distrito. A
próxima retrospectiva das eleições do ano 2000 será na sexta feira com a queda
da hegemonia AZUL, e a vitória do VERMELHO, após Béia comprar a famosa casa, um
abraço e até lá !!!!.
*Marcos Pontes é Universitário e
Funcionário Público.
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