CARUARU – O candidato ao governo do Estado Armando Monteiro (PTB) se encontrou
nesta segunda-feira (4) com líderes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem
Terra (MST), no assentamento Normandia, na zona rural de Caruaru, no Agreste.
Durante a reunião, que contou com a presença do candidato a vice, Paulo Rubem
(PDT), Armando recebeu uma pauta de reivindicações dos sem-terra, com propostas
que serão discutidas e poderão integrar o programa de governo da coligação Pernambuco
Vai Mais Longe.
Durante o encontro, o
coordenador nacional do MST, Jaime Amorim, fez uma explanação da situação
agrária no País e elencou cinco tópicos que são essenciais para o
estabelecimento de uma política estadual para assentamentos e acampamentos, na
visão do movimento: a criação da Secretaria de Agricultura Familiar,
desapropriação de latifúndios improdutivos, apoio aos assentados, educação e o
combate à violência no campo. "O governo tem que acreditar no pequeno
agricultor. São 16 mil famílias em 220 assentamentos e outras 17 mil em 163
acampamentos em todo o Estado", disse Amorim.
Armando lembrou aos
líderes do MST que, ao receber o apoio de nove dos 11 diretores da Federação
dos Trabalhadores em Agricultura do Estado de Pernambuco, em julho, já havia se
comprometido com a criação da secretaria. "Acho que há espaço para uma
reforma administrativa, mas a Secretaria de Agricultura Familiar é uma área que
merece um olhar", destacou o senador licenciado.
O candidato disse
também que as reivindicações do MST são justas. "Creio que há espaços para
se construir uma aliança. Não teremos dificuldade em avançar nessa agenda, com
a disposição de termos um diálogo permanente", salientou Armando,
acompanhado do deputado federal Fernando Ferro (PT), que tenta a reeleição e
conta com o apoio do MST, assim como o vereador petista de Olinda, Marcelo
Santa Cruz, que busca um assento na Assembleia Legislativa.
CAMINHADA - Após almoçar com o MST no assentamento Normandia, Armando caminhou
pelo centro comercial de Caruaru. A caminhada teve início na Rua Quinze de
Novembro e seguiu por várias ruas até a Avenida Major Manuel de Freitas.
Depois de conversar
com comerciantes e transeuntes, Armando encerrou a atividade no Café Rio
Branco, aberto há sete décadas e uma espécie de parada obrigatória dos
políticos em passagem pela cidade. "Chamam aqui de Senadinho. É um
termômetro político: quem toma um café aqui ganha a eleição", disse o
proprietário do estabelecimento, Renato Veras.
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