*Marcos Pontes
A tragédia que ocorreu
com Eduardo Campos na semana passada, fez a nossa geração ser testemunha ocular
de algo que é latente para Pernambuco: a capacidade que nosso estado tem de
revelar desde os primórdios grandes homens dispostos a construir uma nova história
e consequentemente um país melhor para todos.
Partindo de um grande
exemplo como Eduardo Campos que cresceu ouvindo as histórias que o povo contava
do seu avô Miguel Arraes que foi um ícone na luta pela democracia não só para
Pernambuco mais para todo o país, lembrando da frase que ele falou no jornal
nacional um dia antes do fatídico dia quando disse: “NÃO VAMOS DESISTIR DO
BRASIL” podemos entender bem como pensa esses grandes homens, e nos faz ter
acima de tudo sentir orgulho de ser pernambucano e conterrâneo não só de
Eduardo Campos com também de outros grandes mitos da história política do
Brasil como: Frei Caneca que organizou a confederação do equador na tentativa
de que o nordeste fosse independente da coroa portuguesa, Joaquim Nabuco grande
abolicionista, Vital de Negreiro e Felipe Camarão que na insurreição
pernambucana expulsaram os holandeses de nossas terras, Zumbi dos Palmares
grande herói dos negros, que construiu na cidade de Palmares o maior Quilombo
do período da escravidão, o General Abreu e Lima que lutou com Simon Bolívar
pela independência da América do sul, e tantos outros como Capiba que inspirado
nos ideais desses monstros sagrados da história do Brasil compôs Madeira do
Rosarinho onde tem um refrão que sintetiza bem a pujança do povo pernambucano
que diz:
“E se aqui estamos,
cantando esta canção
Viemos defender a nossa
tradição
E dizer bem alto que a
injustiça dói
Nós somos madeira de
lei que cupim não rói”
Ainda estamos meio
cabisbaixos pela forma abrupta que tudo aconteceu, mas, é vida que segue. Fica
a pergunta: se temos no nosso DNA a capacidade de preparar cidadãos e cidadãs
com coragem para lutar por um mundo mais justo onde esses co-cidadãos estão
agora? Pode estar ainda no ventre da sua mãe, pode estar ainda dentro da sala
de aula, pode ser ainda uma criança ou um adolescente, ou qualquer um de nós,
mas não podemos nos esquecer do último recado que Eduardo Campos nos deixou nas
suas últimas palavras em público “NÃO VAMOS DESISTIR DO BRASIL.
*Marcos Pontes é universitário e funcionário público.
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