A Polícia Civil de Pernambuco já
identificou o principal suspeito do assassinato do promotor Thiago Faria
Soares, 36 anos, executado nessa segunda (14) enquanto dirigia na PE-300, entre
os municípios de Águas Belas e Itaíba. Segundo o chefe da Polícia Civil, Oswaldo
Moraes, um fazendeiro envolvido em uma disputa de terra com o pai da noiva do
promotor é apontado pelas investigações como o mandante do crime. Já há um
mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça contra o suspeito.
De
acordo com o governador Eduardo Campos, que falou sobre o caso hoje pela manhã
nos bastidores da Conferência Mundial da Associação Internacional de Parques
Científicos e Áreas de Inovação (IASP), o crime estaria relacionado à atividade
pessoal do promotor. Segundo o governador, o assassinato teria sido motivado
por problemas relacionados à propriedade de uma terra.
Uma
matéria do Jornal do Commercio desta terça aponta como uma das hipóteses para o
crime o envolvimento de Thiago em uma reintegração de posse na região que teria
favorecido a família da noiva. Pela atitude, que teria desagradado aos
posseiros, ele teria sido advertido pela Corregedoria Geral do MP, que temeria
pela segurança do promotor. Já teria sido, inclusive, anunciada a transferência
de Thiago Faria para atuar em outra cidade.
Ao
todo 50 policiais de Pernambuco, além de três procuradores federais estão
responsáveis pela investigação do assassinato do promotor, que estava havia
apenas dez meses da função. Segundo Aguinaldo Fenelon, Thiago Faria nunca se
manifestou sobre qualquer ameaça que pudesse ter sofrido. Entre os policiais
que foram designados para o trabalho estão o chefe da Polícia Civil, Oswaldo
Moraes, e o delegado Joselito Kehrle, chefe da Diretoria Integrada de Polícia
Especializada da Polícia Civil. (Por NE10)
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