RECIFE - Em um discurso entusiasmado e repleto de frases que inflamaram a
militância, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez questão de
salientar que o senador Armando Monteiro (PTB) é o seu candidato ao governo de
Pernambuco nas eleições de outubro. E Lula foi além: “Não voto aqui, mas se
depender de um pedido de voto meu, você será eleito governador, Armando”. As
declarações do ex-presidente foram feitas na noite desta sexta-feira (13),
diante de cerca de 3 mil pessoas, na plenária do Partido dos Trabalhadores
(PT), na Blue Angel, no bairro da Madalena, no Recife, na presença da
presidente Dilma Rousseff, Armando e o deputado federal João Paulo (PT),
pré-candidato ao Senado.
O ex-presidente
lembrou o apoio incondicional dado por Armando Monteiro ao seu governo, quando
o senador era deputado federal e presidia a Confederação Nacional da Indústria
(CNI). “Todo o tempo que fui presidente, esse homem nunca deixou de ser um
brasileiro comprometido com os interesses do povo. E nunca faltou o apoio de
Armando quando ele era presidente da CNI”, acrescentou.
Lula também enfatizou
as políticas públicas que o seu governo e do de Dilma implantou em Pernambuco,
citando obras estruturadoras e programas realizados no Estado desde 2003, além
de reforçar os avanços do Nordeste nos últimos 11 anos. “Era chique formar
doutor. Tão chique que só São Paulo formava. Hoje, não: o Nordeste não é mais a
latrina do Brasil. Nós somos pobres, mas queremos e vamos progredir.”
A presidente Dilma
Rousseff afirmou que nos últimos 11 anos, o governo federal trabalhou para que
fosse implantada uma "revolução" no Nordeste, em especial em
Pernambuco, no sentido de superar o atraso acumulado nessa região do Brasil.
"Essa região, que tinha parcela importante do povo, que tinha contribuído
com grandes nomes para todas as áreas de atividades, era renegada. Hoje, nós
temos certeza de que ela não é mais uma região renegada. Fizemos muito, mas
temos muito o que fazer", esclareceu a presidente, citando obras como a
Transposição do Rio São Francisco, a construção da adutora do Agreste, a
implantação de estaleiros navais e a vinda de fábrica da Fiat ao Estado, entre
outras iniciativas.
"Armando, como futuro governador,
já fez alguns pedidos. Além desses, temos muitos outros projetos que certamente
vamos dar continuidade e implantar", assegurou a presidente. Dilma também
lembrou o apoio de Armando Monteiro durante a gestão à frente da CNI. A
presidente cravou que a liderança do pré-candidato a governador foi fundamental
para a implantação de programas como o Pronatec, que oferta cursos de qualidade
para jovens, gratuitamente. "Armando Monteiro, como
presidente da CNI, participou desse movimento todo para construir parcerias com
os institutos federais e com o Sistema S", reforçou.
ENGAJAMENTO - Em seu discurso, Armando Monteiro ressaltou que a aliança
encabeçada pelo PTB e demais partidos traduz o engajamento dos aliados nesta
coalizão. "E se faz, em especial, devido à presença do PT nessa
luta", celebrou. O senador citou, em seu discurso, que ao longo dos
últimos dois meses foram realizadas 14 plenárias do projeto Pernambuco 14, em
todas as microrregiões do Estado. Armando argumentou que as reuniões ajudaram a
identificar os problemas e inquietações da população pernambucana e que o resultado
vai balizar a construção do futuro programa de governo.
"Pernambuco
avançou muito nos últimos anos, mas isso se deve à parceria com o governo
federal, desde 2003, que nunca discriminou o Estado. O governo federal fez
parceria com todos os governos, com os adversários, mas fez a materialização do
compromisso que tinha com Pernambuco. Lula sempre dizia que Pernambuco tem que
se reconciliar com vocação de liderança nacional. Pernambuco reacendeu a
esperança e, em seu governo, presidente Lula, viabilizamos projetos que
representam aspirações de décadas para o Estado", defendeu Armando.
O senador salientou
ainda que a aliança construída em torno de seu futuro palanque não é
artificial. "Não estamos aqui num ajuntamento ocasional. Estamos juntos na
mesma estrada desde 2002. Estivemos juntos na sua eleição, presidente Lula, na
sua reeleição e na eleição da presidente Dilma, em 2010. Nós continuamos no
mesmo caminho, nós não trocamos de caminho", bradou o petebista.
Pré-candidato ao
Senado, João Paulo frisou a atitude democrática de Armando Monteiro na montagem
da aliança. "Armando teve uma postura de mais alto nível com o PT, que
soube respeitar o nosso partido. Nós sabemos que a nossa tarefa maior é
reeleger Dilma presidente, mas nossa militância vai estar presente nas ruas
para também eleger Armando como nosso governador e também me conduzir ao
Senado", afirmou o petista. (Crédito das fotos: Léo Caldas/divulgação)
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