As articulações e a
grande quantidade de “piruas” (boatos) em torno da eleição para a nova mesa
diretora da Casa Legislativa Miguel Lucas de Araújo apimentaram o burbulhante
caldeirão político da Dália da Serra nos últimos dias e foram responsáveis por
atrair um grande público que lotou a câmara de vereadores na tarde desta quinta-feira
(4).
De consenso apenas foi
registrado de maneira unânime o brilhante trabalho realizado pela vereadora
Rogéria Coelho a frente da casa no biênio, onde os vereadores tanto da situação
como da oposição reconheceram a transparência, o tratamento igualitário e a
responsabilidade com a causa pública como fatores do sucesso de sua gestão.
Todos os vereadores
fizeram uso da palavra, inclusive Ronaldo Veiga, que voltou a casa embora
declarou que em janeiro estará retornando a Secretaria de Saúde e o irmão
Ezequias assumirá mais uma vez e também destacou as suas tentativas em buscar o
consenso entre os vereadores aliados a Lero e a Evilásio, onde ocorreram duas reuniões
ação sem êxito face a radicalização que se instaurou nas duas alas do grupo Calabar.
Após a conclusão do
expediente, a Presidenta convocou os vereadores para apresentarem os nomes para
a disputa, onde foram registradas as candidaturas de Gilson Carlos, candidato
do prefeito Evilásio; João da Banda, representante do grupo de Jânio Arruda e
Geovane, vereador ligado ao Vice Prefeito Lero, que obteve além do seu voto, os
votos dos vereadores aliados Luquinha, Eraldo de Pedra Preta e de Batata e dos
oposicionistas Cintia e Demar, se sagrando vitorioso com 6 votos.
O vereador Gilson teve o seu voto e os votos de Rogéria e Ronaldo Veiga e João da Banda só contou com o seu voto e o de Jânio Arruda. Para a disputa da primeira e segunda secretaria, foram apresentados os nomes de Cíntia e de Demar, que obtiveram 7 votos enquanto os vereadores João da Banda, Rogéria, Gilson Carlos e Ronaldo Veiga se abstiveram de votar.
Durante a sessão se evidenciou o clima de rivalidade que se instaurou no grupo Calabar entre os vereadores ligados a Lero e a Evilásio, bem como o não entendimento entre os vereadores Demar e João da Banda. A vitória de Geovane, que evidenciou a grande capacidade de articulação de Lero, fragilizou ainda mais o grupo do prefeito Evilásio, que vive em constantes atritos com a câmara, e colocou no comando da casa um dos críticos mais ferrenhos da atual gestão e com este apoio dos vereadores oposicionistas, o caminho está aberto para a união das oposições em 2016, onde o vice Lero marcou um gol de placa e conquistou mais uma importante vitória, fortalecendo assim o seu projeto para a próxima eleição.
Também se especula uma provável adesão de João
da Banda ao grupo do prefeito e dos vereadores Demar e Cíntia ao de Lero,
comentários estes que são desmentidos pelos edis, uma vez que em seus
pronunciamentos destacaram a fidelidade ao projeto do grupo liderado pelo
vereador Jânio Arruda. Pelo alinhamento da casa na votação, a expectativa é que
o calvário do Prefeito só aumente, onde a oposição terá entre 7 e 8 críticos
ferrenhos e seus aliados serão apenas Rogéria, Gilson e Ezequias, bancada que terá
um grande trabalho para defender o atual gestor. (Por Elisberto Costa / Fotos: Elisberto Costa / Paulo Pereira)
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